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sábado, 31 de julho de 2010

Tu não, mas eu sinto muito.

Já tiveste a oportunidade de experimentar? Senta-te comigo e experimenta. Sente como o coração se contorce de dor, se esmaga e adormece. Sente toda a revolta que me consome, as pernas a cederem de fraqueza. O sal que escorre lentamente pela minha face e toca os meus lábios. Prova, estou à espera que proves o mesmo sentimento que eu. A respiração ofegante, o pedido de ajuda preso na garganta e os olhos inchados. Horas passadas e cá me encontro, no sítio onde me perdi em pensamentos. Onde tu não me procuraste e me deixaste a morrer por dentro. Se queres mesmo saber, não entres. Não te quero aqui, este é o meu mundo e tu, que fizeste com que me caísse em cima, ficas à porta. Não te quero cá, percebeste? Mandava-te sair, gritava até à exaustão... mas nem sequer tentaste, nem à porta bateste. Não ouvi passos do lado de fora. Quando trespassei a porta não senti réstia de culpa vinda do outro lado. Eu só queria que sentisses o que eu sinto, que ouvisses as vozes que ecoam na minha cabeça. Que sentisses o mundo cair-te em cima e tudo o que construíste para aqui chegar cair aos teus pés. Eu só queria que sentisses este desmoronar de sentimentos, esta angústia que me consome a passos largos e a dor que me devora. Bato com a porta e abandono tudo que fomos, tudo que contigo partilhei. Diz-me, era mesmo isto que querias? Sentiste cada palavra que disseste? Sentiste-as trespassar-te? Não, não sentiste. Mas eu senti, como que balas a atravessarem-me o corpo matando-me lentamente. Senti tudo, tão intensamente quanto possas imaginar. Mais que isso. Vá, sente tudo o que eu sinto. Tudo, sem excepção. SENTE! 

Sentiste? 
E agora... dói, não dói? 

A mim (muito) mais que a ti.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

It's a dream catcher. Catches bad dreams.



Foi no dia em que partiste que tudo à minha volta mudou. O colorido do mundo desvaneceu-se diante dos meus olhos para tudo se tornar num enorme borrão de tinta preta. Podia ter sido qualquer outra pessoa, mas não, para meu enorme desalento, foste tu. E, porque não me avisaste? Eu sei que tu sabias, tu sempre soubeste. Não dizias que tudo que havia para partilhar, por nós era partilhado? Porque raio entendeste tu que não deverias partilhar algo tão importante comigo? Que merda de mania tinhas tu de me proteger de tudo! Não se pode proteger ninguém da verdade, do inevitável. E se ias partir assim, eu queria saber, eu tinha o direito de saber. E porque deixaste tanto de ti, se te levaste de mim? Não me conformo, não consigo conformar-me com tamanha injustiça. Acorda-me de um jeitinho só teu e diz-me que foi um sonho mau, que é mentira e estás aqui. 

Bom dia, meu amor.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

e a mim, quem me leva os meus fantasmas?

A tua janela permanece aberta, minimizada... mas, ainda assim, aberta. Como sempre faço quando ligo o computador e por conseguinte inicio a sessão. Há horas que a tenho aberta pois estás ausente, eu sei que é mentira, que estás aí e, muito provavelmente, tens também a minha janela aberta. Ambos esperamos ansiosamente pelo momento em que o outro dará o primeiro passo, ambos esperamos que se ligue o laranja intermitente que mostra a chegada de uma nova mensagem. Ambos olhamos para o telemóvel de x em x de tempo mesmo sabendo que não tocou, não vá ter isso acontecido durante uma pequena distracção. Não vá ele ter tocado e não nos tenhamos apercebido. E então esperamos, porque a nossa relação é feita de esperas. Todas o são, discutimos um dia o assunto... tu sereno, como sempre, e eu a argumentar. Nem todos têm o discernimento de admitir que assim o é, foi a conclusão a que chegámos. Adoras ver-me argumentar, lançando eu mesma os prós e os contras, enquanto me olhas com um sorriso nos lábios. Adoras, não adoras? Não tanto quanto eu adoro passar-te as mãos pelo cabelo enquanto descansas com a cabeça pousada no meu colo. Sentir o teu cheiro e sentir-me em casa. Contigo sinto-me sempre em casa, esteja onde estiver. Mas agora não estás aqui e eu sinto-me desprotegida. Não consigo perceber como uma simples conversa nos afastou desta maneira, tão brusca... tão radical. Podia ter acontecido com qualquer outra pessoa, não contigo. Não desta maneira. Não tinhas o direito de levar toda a confiança que depositava em ti, não tinhas o direito de me oferecer o sorriso para depois mo roubar, tão violentamente. Nem de maneira nenhuma. Era meu, percebes? E agora, melhor que nunca, percebo que era teu, afinal. És igual a todos os outros, e eu que te tinha no topo de tudo o resto. Não merecias, sempre defendi todas as tuas qualidades que parecia ser a única a ver. Não terás mais ninguém que as veja tal como eu, mete isso na tua cabeça. Não és igual aos outros, eu sei que não. Tira essa máscara de defesa e volta... não é de mim que tens de te defender.




É deles...
...dos teus fantasmas!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

a culpa é delas, não minha.

A culpa é delas, sempre delas! Tento dominá-las e acabo dominada. Adoro-as, beijam-me e ferem-me... odeio-as! São tudo e tão pouco, grandiosas e insignificantes. Mas são as culpadas, são sempre elas as culpadas. De tudo e de nada, sempre. Tento juntá-las, tento, tento, volto a tentar... canso-me, por fim. Não as consigo vencer, junto-me a elas. Rendo-me de cada vez que as tento dominar, rendo-me sempre, sempre que as conjugo e não obedecem. Rendida, é exactamente assim que me sinto... rendida! Por muito que as conheça... às palavras. Sim, às palavras... conheço-as como as palmas das minhas mãos. Não querem sair, não se deixam envolver nas linhas que tento escrever, vezes e vezes sem conta. Escrevo, apago, escrevo, apago... que raio de ciclo vicioso! Há dias que ando nisto, tento e volto a tentar, não consigo. A doença, essa, chamo-lhe problema de expressão... Escrever? Não tenho conseguido... não consigo, simplesmente.

Tenho um problema de expressão...
...e a culpa é delas!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

e agora que tenho carta...













...dá-me um destes Pai Natal!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

há cada um, só visto!

NÃO TIVE SORTE NENHUMA!

estou capaz de matar alguém.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

life are made of changes

há coisas assim, vão e vêm quando querem, e deixam saudades. podiam levá-las, ficar com elas, eu dispensava todos os bocadinhos... ou talvez não. há coisas assim, que ganhamos e perdemos, e não nos damos conta como isso acontece. podiam ao menos explicar-me, eu ouvia, eu ouço sempre. há coisas assim, e chamo-lhes coisas para não ter de chamar outra coisa, e deixam um vazio, um enorme vazio. são experiências de vida, sempre se aprende qualquer coisa, todas estas coisas. é como um conjunto vazio, tal como um acontecimento impossível, na matemática. e é esta a matemática da vida, as somas do que se aprende a multiplicar pelos erros que se cometem dos quais tiramos grande lições, uma grande equação cheia de incógnitas. é isto, há coisas que deixam saudades, e pronto!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

encontros com o passado.

Caminho na saudade de um passado inconsciente, na esperança de o encontrar em uma qualquer esquina que vire. Encontrarei, amanhã talvez, num futuro quase próximo e impossível de alcançar. Ganharei asas e voarei, alto, bem alto, o mais que consiga... mas encontrarei! Quase o agarrei, nunca o sentira tão próximo e rapidamente o perdi de vista. Abraçá-lo-ia como se do último encontro se tratasse. Esperando, contudo, que o primeiro de muitos que daí adviriam fosse. Que sonho, que fantasiado sonho o meu. Verdade não seria, o que foi não volta a ser... mesmo que muito se queira. Porque regressaste passado? Diz-me, porque o fizeste? Não estavas bem onde sempre estiveste, não estavas bem longe de mim? Mesmo querendo e desejando com todas as minhas forças, eu não te quero aqui, não quero... nem posso querer. Não sei bem como aconteceu, se quando vagueava pelas ruas, por entre prédios e lojas cheias de fúteis e futilidades, se quando me encontrava rodeada de conversas cruzadas num qualquer transporte público. Só sei que a cruzei... passei por ela devagar e o tempo parou. Tinha agora em mim todo o tempo do mundo, e com ele, todos os sonhos. Presenciava-o agora, olhando-o com outros olhos, não poderia o meu olhar ser o mesmo de sempre se eu própria mudei, moldei-me a ele e indiferença é coisa que lhe não tenho. Não devia ter regressado mas o certo é que regressou sem que nunca esteja presente, está sem estar e eu sinto-o. Talvez um dia compreenda o quanto me incomoda e vá de vez. O «para sempre» que nele construí foi-se desvanecendo com o tempo, não era eterno. Descobri então que o «para sempre» não existe e que apesar de voltar sempre que a minha mente o permite, sabe também que não mais existe, fugiu-me por entre os dedos tal como o «sempre», e tudo que parecia ser eterno. Foi então que a baptizei, e nela escrevi em letras bem grandes, para que todos soubessem:


Esquina do passado.

Ao regressar a casa pensei em tudo que o dia me tinha reservado, e que dia... estou estafada. Entretanto, voltei atrás... lembrei-me de que não deveria ter escrito o que escrevi, não daquela forma. Ao chegar ao local ouvi um sussurro que me fez recuar lentamente, enquanto o ouvia ecoando em todos os cantos da minha cabeça:

Não se escolhe, acontece. - sussurrou a esquina por entre suspiros.

Que saberia ela de mim? Não poderia saber mais e melhor, acertou em cheio.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

ninguém é de ninguém.

Quando alguém nasce, nasce selvagem...

Não sou tua, nem de ninguém, sou livre... e livre continuarei. Pertenço-me a mim mesma, num mundo que é de todos e, ao mesmo tempo, de ninguém. Sou o resultado do que faço e penso, sinto e imagino. Sou a gota sem a qual os oceanos não seriam oceanos, o grão de areia sem o qual as praias não seriam praias, a lua sem a qual a noite não mais seria bela, e possível. Mas sou apenas minha, e de mais ninguém. Pertenço à força que me guia, às dúvidas que me invadem e aos sorrisos que esboço, pertenço-me. Porque, por muitas pessoas que por nós passem e em nós fiquem, nunca lhe pertenceremos... nem elas a nós. Somos uns dos outros mas, cada um pertence a si. E ninguém, mas mesmo ninguém, nos arranca de nós próprios, nunca.
...não é de ninguém!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

pensamentos congelados.

Devoro filmes numa tarde fria de domingo, digiro falas e desvendo finais, choro que nem uma madalena e rio-me até à exaustão. Há dias assim, frios. Mas espanta-me a frieza do tempo, não o tempo frio. Cansa-me que assim seja, e que assim tenha de ser. Doem-me os dias vazios, os rascunhos nunca enviados, as mensagens não recebidas. Ferem-me as incertezas, as lágrimas contidas e os segredos por desvendar. Até as super-mulheres têm as suas fraquezas. Apetece-me isto, quero aquilo, deixo p'ra lá, permaneço aqui, com os dedos quase imóveis no seu deslizar descontente sobre as teclas. De pensamentos semi-congelados, tento fazer o que melhor me sabe, escrever. Expimir-me até não poder mais, desculpem não consigo.
Talvez seja melhor refugiar-me nos filmes.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

promessas, e para cumprir.


Forte é a palavra sempre, a que nos une intemporalmente.

- Promete-me que cuidas bem de ti, prometes?
- Sim, prometo mas, nunca te esqueças de mim.


(Escrevi um texto enorme mas perdi-o ao carregar numa estúpida tecla, deixo aqui apenas o seu final.)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

tenho-te em mim, no meu olhar.


És parte do sorriso perdido num passado que outrora vivi, ou melhor, vivemos. Um outro sorriso nasceu, uma nova vida ganhei enquanto te vi fugir, pouco a pouco, meu amor nunca conquistado. Peço desculpa se te quis de uma forma que não pensaste nunca querer-me a mim mas, o culpado certamente foste tu, fomos nós mas, mesmo assim, peço desculpa. Desculpa se entrei mais do que devia e deixei que entrasses por completo e desculpa novamente se te retive cá dentro e não quero que saias. Estarás sempre preso e ao mesmo tempo solto, o meu coração guarda-te, vais e voltas sempre que quiseres. Não peço que fiques nem que vás, quero-te aqui, sempre que possível e, não gosto quando vais. Enquanto entraste, de passo acelerado, deste sinais de que ficarias sempre, sem nunca sair, não completamente. Estavam certos os sinais, 'estás tão perto e tão longe', mas estás e, estás sempre. Guardo o teu sorriso no olhar e os teus braços à minha volta, como se o visse cada vez que visualizo uma mensagem tua e o sentisse cada vez que em ti penso, o que acontece frequentemente. Desculpa, não consigo evitar, talvez fosse mais fácil se não me perseguisses, noite após noite, em todos os sonhos perdidos ao acordar. O despertador estraga-me o dia, não fosse ele e passávamos muito mais tempo juntos. Já habituada ao mau-humor matinal derivado do teu súbito desaparecimento ao som da música que me desperta e ao mesmo tempo me faz querer, ainda mais, voltar a adormecer ao lembrar-me de ti, consomes-me, não a alma, mas a mim. Consomes-me os dias. Desculpa, não és tu, é a tua ausência.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

não penses, vem.


Vem, vem e aquece-me, vem e aquece os meus sonhos cor de nada carregados da tua ausência. Vem, não esperes que eu chegue, adianta-te. Vem, chega antes que te espere. Vem, quero-te aqui. Alguma vez te disse? Ou melhor, será preciso dizer? Vem apenas, não te questiones. Vem, vem que eu espero sem estar à espera. Vem, mas vem rápido, não é que possa ser tarde demais, é que sinto a tua falta. Vem, não digas nada mas vem, não penses no que poderá acontecer, mas vem.

E agora, vens?

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

amas a vida, e eu amo-te a ti.

- Costumavas olhar-me nos olhos e sorrir-me. Quando por mim passavas, não apenas passavas, permanecias o tempo suficiente para que os nossos sorrisos se fundissem num só.

- Desculpa, não te vi...

- O problema é mesmo esse, ultimamente pouco te importas com a minha presença, nunca estás e, quando estou, ignoras tudo o que fomos.

- Porque dizes isso?

- Eu digo o que sinto e tu, tu sabes que é verdade. Pensei que me conhecias melhor.

- Eu conheço-te bem...

- Não, não conheces. Se me conhecesses bem saberias que nunca te devias ter afastado de mim, sabias que és demasiado importante para te perder e que já perdi pessoas suficientes para aguentar mais uma perda. E, logo tu.

- Sou assim tão importante?

- Vá lá, não faças perguntas às quais sabes as respostas. Tivemos tantas conversas em que te respondi a isso, não porque me tivesses perguntado mas porque sempre senti necessidade de te mostrar aquilo que para mim significas. Não escolhi gostar de ti, mas também não sabia que irias aparecer e mudar a minha vida.

- Mas...

- Mas nada, infelizmente. Amas a vida, e eu amo-te a ti.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

escolha cruel, a tua.

Vivo sozinha, aqui neste mundo, isolado do teu. Há muito que chamo por ti e finges não ouvir.. calei-me, cansei-me deste desprezo diário a que me habituaste. O teu silêncio tomou-me os dias e a tua ausência dói mas, estou habituada. Tenho a sensação que o dom das palavras se perdeu contigo, quando te perdi. Alguma vez te tive? Levaste contigo a escrita diária e espontânea que tomou conta de mim quando chegaste, não à minha vida, ao meu eu. Não tinhas o direito, leva ao menos aquilo que tenho a mais, leva contigo o meu amor por ti. Fica com ele, talvez um dia te lembres de que este te pertence. Nesse dia, estarei no topo a sorrir para o passado e a enfrentar o presente ansiando o futuro. Ou então, olharás para trás e eu estarei lá, como sempre estive, à tua espera. Porque espero eu por ti se vives num outro mundo? O mundo que criaste quando de mim te afastaste, aos poucos, talvez para que doesse menos. Mas digo-te, doeu p'ra caralho, e continua a doer. O simples facto de partires dói, não entendes? Chegaste para ficar, porque foste? Lembro-me de abrir a porta para entrares e de a ter deixado encostada para não te aprisionar, quando a fechaste não esperei que a voltasses a abrir, muito menos que saísses. Se decidires entrar novamente peço-te que a encostes para não doer tanto quando voltares a abri-la. Prometeste ficar e pediste que não saísse, habituando-me à tua doce presença. Já não sei quem errou, se eu ao deixar que entrasses ou tu, ao sair. Já que não pediste para entrar podias ao menos ter pedido licença quando decidiste que o melhor era sair. Fazes-me Falta, e tu sabe-lo, melhor que ninguém.