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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

#6 LETTER TO...

Já o li mais que uma vez e não consigo encontrar as palavras certas para te responder. Sempre dissemos que não éramos feitas de palavras mas... ultimamente é disso que temos sido feitas. São elas que nos têm feito companhia. Bem sei que já não nos vemos tão regularmente como há uns tempos atrás mas continuas a ser a mesma pessoa, e eu também. Talvez um pouco mudadas, é certo, mas em relação ao mundo e não a nós. Devo dizer-te que se há alguém a quem algum dia pude nomear de melhor amiga, e sabes que eu e as melhores amigas não somos propriamente amigas... se é que me faço entender, esse alguém foste tu! Não gosto de coleccionar melhores amigas aqui e ali, não gosto de atribuir estatutos a este ou aquele. Já tive provas mais do que suficientes de que nada disso vale a pena. Somos o que somos, para quê dar-lhe nomes? Há muito que és a minha gégé e, desde então, já me desiludiste tal como eu a ti. Mas estamos aqui, e continuamos de pé. Continuamos seguras de que vamos estar sempre aqui uma para a outra porque... esquecemos alguma vez parte do que somos? E, sempre que essa parte fores tu, formos nós, eu não vou esquecer um único pedacinho porque... I'm never gonna leave your side. Lembro-me de todos, e foram muitos, os momentos que passámos juntas. Lembro-me de te esticar o cabelo, de pintarmos as unhas uma à outra, de tentar vezes e vezes sem conta pintar-te os olhos porque não sossegavas... e, sabes que mais? Devo dizer-te que tenho saudades desses tempos. Tenho saudades de quando o mais pequeno gesto tinha uma importância gigante. Lembro-me essencialmente, daquele dia no Algarve... por entre lágrimas surgiu o sorriso e, naquele dia, só tu me conseguiste fazer sorrir. E isso, ainda que eu nunca to tenha dito, foi das coisas que mais me marcaram até hoje. Sei que algures no tempo houve coisas que se perderam, cumplicidades que se foram... mas sei também que se há alguém em quem posso confiar tudo, com quem posso sempre contar... esse alguém és tu! Vais sempre sempre a minha irmã gémea, ainda que mais nova, Inês Margarida da Costa Fernandes Carmo de Carvalho. E, ainda que nem sempre demonstre, fazes-me falta!


Obrigado por tudo 


1. YOUR SIBLING
2. YOU HAVE DRIFTED AWAY FROM
3. SOMEONE YOU JUDGED BY THE FIRST IMPRESSION
4. SOMEONE YOU DON'T TALK AS MUCH AS YOU'D LIKE TO

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Eu amo-te, alguma vez to disse?



Chamo-lhe amor para simplificar. Há palavras assim, que se dizem como calmantes. Palavras usadas em série para nos impedir de pensar. Chamo-lhe amor porque assim o é, um amor sólido e incontestável. Eu amo-te, alguma vez to disse? Desculpa andar sempre ocupada demais para tal, ocupada demais para sentir, ocupada demais para ter tempo. O amor é intemporal, dizem. O amor arrebata-nos por dentro, oferece-nos um lindo sorriso e um bater suave do coração. Eu amo-te, alguma vez to disse? Há noites seguidas que tenho este sonho, o nosso sonho, chamo-lhe. Há noites seguidas que não durmo para te sonhar, noites belas e curtas. Curtas demais para te viver, belas demais para as abandonar. O cansaço apodera-se de mim... mas não te preocupes, não te deixarei uma única noite sem mim. Não ficarás à minha espera, bebo dois/três cafés, se necessário. E eu que odeio café! Tudo para poder passar algum tempo contigo. Eu amo-te, alguma vez to disse? E antes que a manhã comece e eu me esqueça de ti, na rotina que são os meus dias, quero lembrar-te que não estás aqui e o teu abraço não chega. Deixo-te cair no meio dos meus projectos, perdes-te nas folhas que assino e deixo por assinar, nas reuniões sempre com pressas e esquecimentos, acabo por me esquecer de ti. Ficas sentado na esplanada do nosso restaurante, horas e horas, até que o teu telemóvel toca, e suspiras, porque sabes que te voltei a esquecer. Eu amo-te, alguma vez to disse? Gostava de ter mais tempo, dizes que me compreendes, que fica para o dia seguinte, mas no dia seguinte sabes que não me vou voltar a lembrar de ti. É disso que eu gosto tanto em ti, vives a vida na tua eterna liberdade e não esperas nada de ninguém, mas quando o sol cai e a noite volta para me lembrar que sou eu que espero por ti e sonho-te, às voltas na cama, porque sei que quando chegar a manhã, eu vou voltar a não ter tempo para ti. Eu amo-te, alguma vez to disse? Juro que largo tudo, um dia, só para poder ter tempo para ti. Largo esta minha vida atarefada pelo doce prazer de te abraçar, de me perder nos teus braços. E saber que estarás sempre sentado nessa esplanada, com vista para o mar revolto que tanto adoramos, tem um gostinho tão doce quanto os teus beijos. Tu és o único que nunca me pode esquecer. Esquecemos alguma vez uma parte do que somos? Esquecemos apenas o que podemos isolar na lembrança. Eu amo-te, alguma vez to disse? Estaremos juntos ao luar, a papelada esquecida na secretária. E eu que nunca abandono um projecto a meio. Fá-lo-ei por ti, prometo. Ainda acreditas nas minhas promessas? Quando as coisas deixam de durar, alteram-se. O simples facto de deixarem de ser altera-as, por mais que procuremos fazê-las estancar. És a excepção à regra, disse-te em tempos ao ouvido num leve sussurro. E volto a repeti-lo, agora, longe de ti. Eu amo-te, alguma vez to disse? Um dia, recebes uma mensagem minha a dizer que estou aí dentro de 5 minutos, e se, nesse dia já não acreditares em mim, eu juro que espero por ti, peço a mesma mesa onde te sentas todos os dias, e um gin tónico, como tu fazes para não te cansares de esperar enquanto desfrutas da vista. Quando chegares, dou-te um beijo para te lembrares do sabor dos meus lábios e relembrares o desejo que sempre sentiste por mim, pedimos a conta e vamos a minha casa, arrumamos todos aqueles lápis e mais réguas de diferentes formas e feitios numa caixa, e acabamos com as minhas arquitecturas e projectos de uma vez por todas! E eu que estudei uma vida, para ter uma paixão, largo tudo por ti. Eu amo-te, alguma vez to disse? Não importa o que se ama. Importa a matéria desse amor, e o nosso amor é feito de esperas e promessas, mas de muito coração. Um dia, agarro nas minhas malas, bato-te à porta e pergunto se ainda queres viver comigo, se me queres aquecer quando as noites são geladas, se queres fazer um dia mais feliz só por dizeres que tens saudades minhas. Eu amo-te, alguma vez to disse? Nesse dia estarei a renunciar a toda uma vida planeada e arquitectada, por mim própria, quando precisei de lutar pela minha sobrevivência. Estarei também a cometer a maior loucura de toda a minha existência, por ti. Nesse dia estarei a quebrar todas as regras, a fugir de todas as responsabilidades, a tornar-me uma rebelde, a entregar-te o meu coração. Dedicar-te-ei todos os meus dias fazendo valer a pena todas as tuas esperas. Não voltarás a ouvir da minha boca que não posso, não devo ou não tenho tempo, serei completamente nossa. Quando esse dia chegar ainda me desejarás? Eu amo-te, alguma vez to disse? Esse amor que me reservaste, que levas contigo para todo o lado, ainda o terás contigo quando eu o reclamar? Podias ter-me esquecido, mas nem uma aventura. Nem uma única noite em lençois alheios, o sexo é a traição dos fracos, e eu não seria capaz de trair este meu amor por ti, disseste-me tu em resposta a uma mensagem que te enviei um dia destes. Uma estranha sensação percorreu todo o meu corpo, soube nesse instante, no preciso momento em que abri a mensagem e a li vezes sem conta, que toda a minha dedicação à profissão não preenche nem metade do que o teu amor consegue. Fizeste-me desejar voltar a ti, voltar a nós. Eu amo-te, alguma vez to disse? Escrevo-te em carta aquilo que a coragem nunca me deixou dizer-te, todas as palavras que não leste em mim porque não me dei, todos os sonhos que planeaste e eu deixei morrer na nossa praia, e o mar levou, para outras pessoas, que, sabe-se lá, os podem ter apanhado, e podem ter dado mais amor a quem os espera, como tu me querias dar a mim. Escrevo-te em carta, todas as tuas ilusões e desilusões e deito aqui todas as minhas promessas, aqui te mando todos os meus beijos, de boa noite e bom dia, aqui te levo os pequenos almoços à cama, e aqui, aconchego-te nos meus sonhos e nos meus abraços. Um dia, dou-te todo o tempo do mundo, e podes conhecer tudo o que de mim, nunca deixei. Deitamo-nos na areia à beira-mar, deixamos que as ondas nos cerquem, envolvemos os nossos corpos e fazemos amor em cada pedaço de nós, horas e horas, nessa praia, nesse mar, eu prometo - Amanhã mudo-me pra tua vida. Eu amo-te, alguma vez to disse?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

never gonna leave your side.

Parabéns meu amor. Finalmente os dezoito que tanto esperamos alcançar. A idade perfeita, a passagem à idade adulta e o acréscimo de mil e uma responsabilidades. Para nós, que nos vimos obrigadas a crescer de uma outra forma, qual passagem qual quê... a maturidade foi crescendo à medida que fomos combatendo os fantasmas do passado que tão amargamente nos consumiam. A estabilidade que muitos procuram com a chegada desta idade, já a tens. Sei que, neste momento, ninguém dá nada pela nossa amizade. Tu dás? Quanto a mim, sempre dei, na verdade sempre soube que todas as barreiras que a atravessaram serviriam para nos tornar mais fortes, juntas! É bom saber que nos conseguimos rir do que tanto nos fez chorar, juntas! Simplesmente rir, e mostrar a tudo e todos como há amizades que sobrevivem a todos os contratempos, e mais alguns. Entre nós houve tantas barreiras e, ainda assim, sobrevivemos. Mas, tal como dois ímans que se repelem quando os lados coincidentes se tentam juntar, assim somos nós. O que nos junta agora são as pequenas diferenças que fomos construindo. Quando éramos iguais, ambas queríamos o mesmo, a nossa própria felicidade... mesmo que para isso a outra sofresse. Aos poucos, fomos percebendo que a verdadeira felicidade não residia aí e, como entre nós não há pontos finais, soubemos como chegar uma à outra novamente, sem grandes dificuldades. E podemos passar semanas ou até meses sem nos falar que voltaremos sempre uma à outra e, para que isso aconteça, bastam dois dedos de conversa.

«Vives em mim, eu vivo em ti, em cada fala, em cada grito, em cada sorriso, lágrima ou abraço, estás em tudo, alguma vez dúvidaste? Desculpa, nunca tenho muitas palavras quando falo de ti, a nossa amizade não é feita delas, mas sim de tudo o que passamos

Transcrevo e assino por baixo as palavras escritas por ti no dia em que completei os meus, também, dezoito anos. O sentimento, esse, tu conhece-lo bem.

Parabéns, minha hoje e sempre, irmã gémea.

P.S. Esquecemos alguma vez parte do que somos?