sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Amanhecer

- Não tenhas medo - murmurei. - Pertencemos um ao outro.

De repente, senti-me esmagada pela realidade
das minhas próprias palavras.

O momento era tão perfeito e verdadeiro,
que não havia forma de o negar.

Os braços dele rodearam-me
apertando-me contra si...
Uma corrente eléctrica pareceu
percorrer cada extremidade
dos meus nervos.

- Para sempre - confirmou ele.

Stephenie Meyer - Luz e Escuridão - Volume IV, Amanhecer.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

words, words, words.

Escrevi-te durante muito tempo em cadernos rasgados, por entre matérias variadas que deveria estudar... enquanto te escrevia! Escrevo-te agora, em cada palavra pronunciada em sussurro no ouvido, e todas elas soam ao mesmo;


'amo-te, amo-te, amo-te...'


uma repetição contínua da palavra, a única que parece fazer sentido... de entre muitas outras que entre nós ficam! É estranho escrever-te quando sinto que não há palavras para ti, nem palavra que te defina. Não há quando nem porquês, somos porque sim, não procuramos explicações. Somos porque somos e, se não o fossemos, não nos éramos. Sou-te enquanto me és, não porque um ou o outro é, mas porque sempre o fomos. Nunca gostei de acreditar em fantasias, em eternidades. Se a própria vida é efémera para que queremos uma eternidade? Sei que és o meu presente e espero dizê-lo todos os dias, mês após mês, ano após ano, todos os dias desta efemeridade em que vivemos. Não precisamos de frases feitas nem palavras bonitas, precisamos um do outro, apenas isso. Preciso de ti como tu de mim, e não precisaste nunca de o dizer. Não esperei encontrar-te tão cedo, receei mesmo nunca te encontrar... ou então, encontrar-te já velhinha, sentada num banco de jardim ostentando uns longos cabelos grisalhos. Mas não, tenho-te agora e... ficas sempre comigo?


mesmo que não fiques sempre, podes ir ficando?

quinta-feira, 14 de maio de 2009

smaak zeer van u, sonho.

«Some people are born to sit by a river, some is struck by lightning, some have an hear for music, some are artists, some swim, some know buttons, some know Shakspeare, some are mothers and some people... dance.»

And some people are born to... be happy.
Nada parecia fazer sentido, nem mesmo eu, não fazia sentido, simplesmente. A tua chegada foi como algo que sonhei durante noites a fio, desesperada por não te encontrar a meu lado na manhã recém-nascida de uma noite sonhada. Sonhei-te todas as noites, mesmo antes de te conhecer. Estranho não? Estava frio e eu arrepiava-me cada vez mais, não que o frio aumentasse mas, tive essa sensação. Abraçavas-te a mim sempre que chegavas e não mais me largavas, nem mesmo com o chegar da manhã. E acabaste mesmo por chegar. Se me largarás, isso não sei, nunca sabemos, não é verdade? Mas peço-te, não partas já. Ainda agora chegaste e eu sinto-te demasiado presente, demasiado marcado para que partas. Desde então, nada me faz perder o sorriso estúpido estampado no rosto que me denuncia em qualquer lado que passe. Olham como que curiosos, não sabem eles que vivo agora um sonho, um sonho bem real! Sabes sonho, nunca te sonhei tão de perto, nunca te sonhei realmente. Sonho-te agora, dia e noite, todos os dias. Por quanto tempo mais te sonharei?