Já eras pensamento estúpido, desapareceste e eu deixei de me alimentar de ti. Venci-te como sempre soube que, mais cedo ou mais tarde, aconteceria. Habitavas em mim, cada recanto do meu cérebro pertencia-te, agora partiste e, se o que esperas de mim é sinceridade, não tenho saudades tuas. Sei que não voltarás, quem domina agora sou eu, não tu. Pensavas que me dominarias sempre mas, estava só à espera do melhor momento para te atacar, cortei-te as asas e não pudeste fugir enquanto te matava, lentamente, para que sentisses na pele a dor do sofrimento que me causaste. Foi fácil apoderares-te de mim, não foi? Tomares a minha cabeça por completo e afastar-me do que me rodeia. Quero que saibas que mais fácil foi acabar contigo, fazer-te em pedaços e vencer, como sempre vencerei. Peço desculpa por não ter avisado logo de início que sou uma vencedora e não seria complicado dar cabo de ti, destruir-te. Desculpa se dei a entender que te podias apoderar de mim e fazer o que quisesses, não seu pensamento inútil, não sou uma fraca daquelas que consumiste antes de me conhecer e, por isso mesmo te matei. Pensavas ser uma espécie de super-homem mas logo por azar vieste bater à porta errada porque, se tu te julgas um super-homem, eu digo-te com toda a certeza que sou uma Super-Mulher. Nunca pensaste, pois não? Devias ter-me conhecido melhor primeiro, comigo é assim, eu venço sempre, seja qual for o tamanho da barreira. Estava indefesa quando me atacaste, não eras assim tão burro, apesar de o seres. Poderia ter-te ensinado que a primeira impressão está sempre errada mas não mereceste. Obrigado, a ti e a tantos outros como tu, por fazerem de mim o que hoje sou, uma vencedora. Adeus pensamento, acabaste por morrer e, quem te matou fui eu.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
o amor não tem receita.
Amor, será um bicho estranho?
A mim parece-me que sim...
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Coração
sábado, 17 de janeiro de 2009
um sonho e, umas quantas certezas.
Aproximaste-te, em passo lento, e abraçaste-me. Assim começou o sonho que não parecia querer ter fim, não esta noite. Instintivamente, como sempre acontece quando estou contigo, entrelaçámos as mãos e sussurraste-me: anda comigo. A praia estava deserta e o mundo inteiro sorria para nós, éramos um do outro mesmo sabendo que não o éramos, confuso não? Pertences-me, de certa forma, embora eu saiba que nunca me pertencerás. Deitámo-nos na areia, mesmo à beira mar, sempre de mãos dadas. Fizemos as delícias de um casal de idosos que elegeu, tal como tu, aquele sítio para um momento que seria certamente especial. Ao aperceberem-se da nossa sintonia decidiram retirar-se e, novamente, ficámos sós. Não pedi qualquer tipo de explicação, sentia-me bem por ali estar e tu parecias saber disso. Permanecemos em silêncio durante algum tempo, contemplámos tudo o que nos rodeava até que os nossos olhares se cruzaram. Pousaste a cabeça no meu ombro e beijaste-me suavemente o pescoço, respondi com um sorriso e acariciei-te carinhosamente a face. Não havia hipótese, o mundo era nosso e dominávamos o tempo. Soltei um gosto muito de ti, sabias?, ao qual me respondeste com um eterniza este momento e, quando pensares que não estou, lembra-te dele como o momento que nos tornou num só... sempre que te sentires só, procura-me dentro de ti, irás concerteza encontrar-me, e sabes porquê? desde que apareceste e me tomaste parte dos dias, e de mim, que te trago comigo, dito isto, colocaste a minha mão sobre o teu coração e aconchegaste-me junto a ti, aqui, dentro de mim. Foi então que senti que nunca me irias abandonar nem nunca colocaras as nossas promessas em stand-by, e não te interrompi. quando te conheci achava que todas aquelas conversas eram banais, mas cedo me apercebi que tinhas chegado para ficar... construíste o teu pequeno, e ao mesmo tempo enorme, habitat dentro de mim e ali permaneces, tocaste onde nunca ninguém tocou e de uma forma única e especial, como só tu consegues. Confesso que nunca esperei ouvir-te pronunciar tais palavras, tão doces e tocantes. Sempre fomos bastante amigos e eu sempre soube que era especial mas, não sabia que era assim tanto. Resolvi interromper, pareceu-me oportuno. uma certeza eu tenho e, essa ninguém me pode tirar. Perguntaste-me, um pouco a medo: a de que somos eternos e nunca me perderás? Deixei cair uma lágrima, aquela conversa mexia, de certa forma, comigo. sim, é essa a única certeza que tenho na vida. Sussurraste-me, enquanto me passavas a mão pelo rosto, em voz baixinha e terna: guarda isto como a tua maior certeza, gosto muito de ti. Adormeci ao som da tua voz e, quando acordei deparei-me com a cama semi-vazia, um sonho fugidio e um sorriso estampado no rosto.
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