sexta-feira, 12 de junho de 2009

words, words, words.

Escrevi-te durante muito tempo em cadernos rasgados, por entre matérias variadas que deveria estudar... enquanto te escrevia! Escrevo-te agora, em cada palavra pronunciada em sussurro no ouvido, e todas elas soam ao mesmo;


'amo-te, amo-te, amo-te...'


uma repetição contínua da palavra, a única que parece fazer sentido... de entre muitas outras que entre nós ficam! É estranho escrever-te quando sinto que não há palavras para ti, nem palavra que te defina. Não há quando nem porquês, somos porque sim, não procuramos explicações. Somos porque somos e, se não o fossemos, não nos éramos. Sou-te enquanto me és, não porque um ou o outro é, mas porque sempre o fomos. Nunca gostei de acreditar em fantasias, em eternidades. Se a própria vida é efémera para que queremos uma eternidade? Sei que és o meu presente e espero dizê-lo todos os dias, mês após mês, ano após ano, todos os dias desta efemeridade em que vivemos. Não precisamos de frases feitas nem palavras bonitas, precisamos um do outro, apenas isso. Preciso de ti como tu de mim, e não precisaste nunca de o dizer. Não esperei encontrar-te tão cedo, receei mesmo nunca te encontrar... ou então, encontrar-te já velhinha, sentada num banco de jardim ostentando uns longos cabelos grisalhos. Mas não, tenho-te agora e... ficas sempre comigo?


mesmo que não fiques sempre, podes ir ficando?