segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

a culpa é delas, não minha.

A culpa é delas, sempre delas! Tento dominá-las e acabo dominada. Adoro-as, beijam-me e ferem-me... odeio-as! São tudo e tão pouco, grandiosas e insignificantes. Mas são as culpadas, são sempre elas as culpadas. De tudo e de nada, sempre. Tento juntá-las, tento, tento, volto a tentar... canso-me, por fim. Não as consigo vencer, junto-me a elas. Rendo-me de cada vez que as tento dominar, rendo-me sempre, sempre que as conjugo e não obedecem. Rendida, é exactamente assim que me sinto... rendida! Por muito que as conheça... às palavras. Sim, às palavras... conheço-as como as palmas das minhas mãos. Não querem sair, não se deixam envolver nas linhas que tento escrever, vezes e vezes sem conta. Escrevo, apago, escrevo, apago... que raio de ciclo vicioso! Há dias que ando nisto, tento e volto a tentar, não consigo. A doença, essa, chamo-lhe problema de expressão... Escrever? Não tenho conseguido... não consigo, simplesmente.

Tenho um problema de expressão...
...e a culpa é delas!