segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Diário da Nossa Paixão II

A razão por que dói tanto separarmo-nos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham estado e sempre o fiquem.

Comecei a sentir a tua falta no segundo seguinte à tua partida. Doce despedida, a nossa. Amarga a distância que nos separa, que me faz ter saudades tuas a cada instante. E se num momento me fazes falta, no seguinte já só quero estar nos teus braços. Agarrar-te com todas as minhas forças e manter-te juntinho a mim, num abraço apertado. Olhar-te enquanto me afastas o cabelo e me beijas suavemente a testa num doce murmúrio que me diz o quanto gostas de mim... o quanto sentes a minha falta quando estás longe. Mas não estás aqui e, tudo isto, todas estas vontades são apenas isso... vontades. Até que chegues e possamos torná-las realidade, eternizar o momento e matar todas as saudades que me consomem lentamente enquanto não estás. Tens saudades minhas, não tens? As minhas não cabem em mim.

E sei que gastei todas as vidas antes desta à tua procura. Não de alguém como tu, mas de ti, porque a tua alma e a minha têm que andar sempre juntas.

E, por isso mesmo, não me faças procurar-te de novo. Não nesta vida. Deixa-te ficar ao meu lado dia após dia, mês após mês, ano após ano... deixa-te ficar comigo aconteça o que acontecer. Não porque eu quero, mas porque sentes que deves ficar. Não fiques comigo para sempre, mas enquanto quiseres.

domingo, 15 de agosto de 2010

O Diário da Nossa Paixão I

Eu não planeei apaixonar-me por ti, e duvido de que tenhas planeado apaixonares-te por mim. Mas uma vez que nos encontrámos, ficou claro que nenhum de nós podia controlar o que nos estava a acontecer.

Gosto muito de ti, sabias? Muitos optam por escrevê-lo no final, usá-lo como desfecho. Mas, para mim... para nós, é apenas o começo. Podemos ter demorado a chegar até aqui e a perceber os sinais que nos eram enviados através dos olhares, a entender a cumplicidade dos sorrisos e a harmonia dos pensamentos. No entanto, a magia estava lá. O tempo na espera torna-se dócil e sereno. E, para nós, o tempo nunca foi uma barreira.

Ele beijou-a pela primeira vez e ficou a pensar porque é que havia esperado tanto tempo para o fazer.

A doçura do primeiro beijo aliada ao desejo há muito existente, que doce sensação. Deixar-me ficar no teu abraço enquanto me tocas os lábios com os teus, doce e levemente. Uma e outra vez, até que me perco nos teus beijos. Podíamos ficar sempre assim, esquecer o tempo e o espaço, tudo o que nos rodeia. E ficar assim. Sempre.