A razão por que dói tanto separarmo-nos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham estado e sempre o fiquem.
Comecei a sentir a tua falta no segundo seguinte à tua partida. Doce despedida, a nossa. Amarga a distância que nos separa, que me faz ter saudades tuas a cada instante. E se num momento me fazes falta, no seguinte já só quero estar nos teus braços. Agarrar-te com todas as minhas forças e manter-te juntinho a mim, num abraço apertado. Olhar-te enquanto me afastas o cabelo e me beijas suavemente a testa num doce murmúrio que me diz o quanto gostas de mim... o quanto sentes a minha falta quando estás longe. Mas não estás aqui e, tudo isto, todas estas vontades são apenas isso... vontades. Até que chegues e possamos torná-las realidade, eternizar o momento e matar todas as saudades que me consomem lentamente enquanto não estás. Tens saudades minhas, não tens? As minhas não cabem em mim.
E sei que gastei todas as vidas antes desta à tua procura. Não de alguém como tu, mas de ti, porque a tua alma e a minha têm que andar sempre juntas.
E, por isso mesmo, não me faças procurar-te de novo. Não nesta vida. Deixa-te ficar ao meu lado dia após dia, mês após mês, ano após ano... deixa-te ficar comigo aconteça o que acontecer. Não porque eu quero, mas porque sentes que deves ficar. Não fiques comigo para sempre, mas enquanto quiseres.