quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

m de miguel, m de meu.

Mereces, tu sabes que mereces qualquer coisa que de mim venha. E acredito que, de qualquer outra pessoa. E não, não me interpretem mal... não falo de nenhum amor impossível mas, de certa forma, de um amor eterno. Não tentem decifrar nem sequer imaginar, não conseguem. Entraste sem mais nem porquê, mas entraste, muito de mansinho, tão de mansinho que quase não falávamos. Há muito que não escrevo mas, vieste-me à mente e, tal como quando conversamos, as palavras fluem naturalmente. Inspiras-me e, muito do que sou hoje, do meu sorriso, devo-te a ti. Não és meu namorado, nem nunca te vi como tal. Não consigo ver-te de outra forma, senão assim, como hoje somos. E lembraste do que nos juntou? O mesmo que inicialmente nos separava... estranho não? Os mesmos problemas, inquietações idênticas e sorrisos para partilhar. E agora, agora és dos melhores, se estás ausente não estou em mim, não me sou. Se estás comigo, movemos montanhas com a força da nossa cumplicidade. And I'll be there, forever and day... nunca me largues, não deixes que esta amizade finde por nada deste mundo, que seria de mim sem as tuas rimas porcas? Sem as nossas cenas de ciúmes parvas? Sem ti? És parte de mim e... eu adoro-te muito, sabias?

domingo, 15 de fevereiro de 2009

ninguém é de ninguém.

Quando alguém nasce, nasce selvagem...

Não sou tua, nem de ninguém, sou livre... e livre continuarei. Pertenço-me a mim mesma, num mundo que é de todos e, ao mesmo tempo, de ninguém. Sou o resultado do que faço e penso, sinto e imagino. Sou a gota sem a qual os oceanos não seriam oceanos, o grão de areia sem o qual as praias não seriam praias, a lua sem a qual a noite não mais seria bela, e possível. Mas sou apenas minha, e de mais ninguém. Pertenço à força que me guia, às dúvidas que me invadem e aos sorrisos que esboço, pertenço-me. Porque, por muitas pessoas que por nós passem e em nós fiquem, nunca lhe pertenceremos... nem elas a nós. Somos uns dos outros mas, cada um pertence a si. E ninguém, mas mesmo ninguém, nos arranca de nós próprios, nunca.
...não é de ninguém!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

pensamentos congelados.

Devoro filmes numa tarde fria de domingo, digiro falas e desvendo finais, choro que nem uma madalena e rio-me até à exaustão. Há dias assim, frios. Mas espanta-me a frieza do tempo, não o tempo frio. Cansa-me que assim seja, e que assim tenha de ser. Doem-me os dias vazios, os rascunhos nunca enviados, as mensagens não recebidas. Ferem-me as incertezas, as lágrimas contidas e os segredos por desvendar. Até as super-mulheres têm as suas fraquezas. Apetece-me isto, quero aquilo, deixo p'ra lá, permaneço aqui, com os dedos quase imóveis no seu deslizar descontente sobre as teclas. De pensamentos semi-congelados, tento fazer o que melhor me sabe, escrever. Expimir-me até não poder mais, desculpem não consigo.
Talvez seja melhor refugiar-me nos filmes.